![]() INDULGÊNCIAS E O CLERO (JUIZES) CAPIXABA
Indulgência (Dicionário) s. f., Qualidade de quem é indulgente; clemência; condescendência, tolerância; remissão das penas relativas aos pecados; perdão. O Espírito Santo já sofreu este tipo de ataque amoral. Nos idos tempos, não hei de precisar datas, vou ater-me apenas aos fatos, não sou Juiz (Deus me Livre) de direito, mas dos fatos, ou seria “de fato”? Fatos estes que por si só são relevantes, diria eu alarmantes. A tempos idos, quem tinha mais "chorava menos", mas nem por isso deixava de “pagar” mais, e lhes era cobrado a tal da indulgência pelo Clero da “então” famigerada igreja, e seus pecados eram “perdoados”. Nos dias atuais remontam aquelas vergonhosas atitudes, só que é com um “Clero” diferente e desta vez com o outro Espírito Santo. Nos desestimula de crer da dita “Justiça” e tal qual Rui Barbosa termos vergonha de andarmos por caminhos retos. - “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86). BORIS CASOY diria: “Isso é uma vergonha”. Vergonha Nacional, e até internacional, pois somos conhecidos por: Belas praias, belas mulheres, belas bundas,belo carnaval e grandes, diria enormes casos de corrupção. Fica aqui uma duvida cruel, onde não sei se alegro-me ou envergonho-me mais ainda, por saber que estes fatos não ocorrem somente aqui em meu Estado. Acredito que seja um pensamento meu, mas se concordar podes comungar deste onde digo sempre: - Moça virgem só deixa de ser virgem quando aparece a barriga. E, aqui, não é diferente, mas infelizmente ou felizmente, não só apareceu-lhe a barriga como também ficaram de fora todas as vergonhas, se é que eles há tinham. Fica aqui meu repúdio e minha tristeza. E pensar que meu filho, de nove anos, enquanto eu escrevia este texto achegou-se a mim e perguntou-me se eu tinha dinheiro para comprar pão. Quantos estão em situação pior e não tem uma resposta favorável para darem aos seus filhos e acabam por serem julgados por estes que ai estão? Transcrito de conversa telefônica, acreditem e pasmem!
A equipe da Rede Vitória teve acesso ao inquérito na íntegra, em 86 páginas, e revela trechos até então desconhecidos da investigação. A reportagem a seguir é resultado de um trabalho conjunto entre repórteres do jornal Folha Vitória e TV Vitória.
Desembargador admite propina Em um trecho das gravações telefônicas transcritas no inquérito, o desembargador Josenider Varejão admite ter recebido propina. Segundo o Ministério Público Federal, o dinheiro seria pago em troca da concessão de medida liminar para reintegração de um prefeito afastado do cargo. O prefeito reconduzido, segundo o inquérito, pagou por intermédio do advogado Paulo Duque, para Pedro e Josenider R$ 10 mil cada pela liminar concedida. Outros R$ 10 mil teriam sido prometidos por Paulo a Josenider, ainda não pagos. De acordo com as investigações, os valores serviriam para a compra de um veículo que seria dado a uma terceira pessoa, não indiciada. A conversa, segundo o Ministério Público, ocorreu no dia 15 de outubro de 2008.
Poucos dias depois, no dia 27 de outubro, outra gravação indica que o dinheiro era repartido com os demais investigados. O desembargador Josenider deixa claro, em diálogo com o advogado Pedro Celso, que o filho do presidente Tribunal de Justiça, juiz Frederico Luís Schaider Pimentel, receberia parte da propina.
As investigações afirmam que, em 16 de junho, desembargador Pimentel, como presidente do Tribunal, fez publicar resolução que autorizava a instalação do Cartório do Primeiro Oficio na cidade de Cariacica. "Diálogos travados por membros da família Pimentel sugerem a prevalência de interesses pessoais na criação do referido Cartório, inclusive com a escolha de pessoa de confiança que possibilitaria a repartição indevida de lucros aferidos. A divisão do rendimento do cartório foi tema de discussões e desentendimentos entre os integrantes da família e agregados", narra o inquérito. No dia 11 de outubro, um diálogo interceptado pela polícia mostra desavenças entre dois investigados no que se refere à repartição do dinheiro. A conversa é entre o juiz Frederico Luís Schaider Pimentel, filho do presidente do Tribunal, e a cunhada dele, Bárbara Pignaton Sarcinelli, diretora de Registro do Tribunal.
Valendo-se do livre acesso que tinha ao desembargador Josenider, o advogado Pedro Celso, segundo o Ministério Público, atuou diretamente com intuito de pressionar outro magistrado, não indiciado no inquérito, a proferir decisão favorável aos interesses dele. O diálogo a seguir, segundo a investigação, se deu no dia 7 de julho.
No dia 31 de julho, segundo o Ministério Público, mais um diálogo comprometedor foi interceptado entre o desembargador Josenider e o advogado Pedro Celso. Eles combinam como o desembargador Elpídio votará um processo para beneficiar clientes de Pedro. Quem intermedia a negociação é o desembargador Josenider.
Leia mais: *; Operação Titanic
Leia ainda: * MPF denuncia oito envolvidos em fraude de importação de carros de luxo; * Empresário capixaba é acusado de comandar quadrilha de fraudadores; Segundo a polícia, também estavam envolvidos no arranjo auditores da Receita Federal lotados no Espírito Santo e em Rondônia. A partir da Titanic, a polícia teria seguido o rastro de evidências de tráfico de influência no Tribunal de Justiça capixaba. Por envolver desembargadores, que têm foro privilegiado, o caso foi encaminhado para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, e o caso foi presidido pela ministra Laurita Vaz. Marcelino Rocha
Enviado por Marcelino Rocha em 10/12/2008
Alterado em 13/12/2008 Comentários
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